Dessa maneira são concebidos com muito empenho os filhotes dessa parceria: objetos que expressam a sede de criação e conceituação vertente de suas geradoras.
Vivendo na realidade do mercado de trabalho por 6 anos, elas se sentiam sem estímulo suficiente para darem vazão às suas necessidades criativas. Buscaram um pouco de alívio fazendo experimentações gráficas em serigrafia no curso, com a professora Evany Cardoso, há 3 anos no Parque Lage, o que as trouxe para o universo da arte.


Trabalhos de Anita Bastos


Trabalhos de Renata Gobert
Para conhecer melhor seus trabalhos artísticos, clique e visite o Flickr de cada uma: Anita Bastos e Renata Gobert.
Continuando a busca por mais, fizeram um curso teórico de história da arte (com o professor Luiz Carlos Miranda) que misturava conceitos de psicanálise, filosofia, arte e dicussões sobre a arte desde a antigüidade até os dias de hoje.
Estes foram os primeiros passos para elas enxergarem um mundo de possibilidades vindo do imaginário criativo que estava adormecido e começava a ressurgir. E elas resolveram sair do mundo das idéias, que eram muitas, e colocar a mão na massa. Porque afinal, o mundo é de quem faz e não de quem fica planejando fazer.
Foi assim que elas começaram a produzir com suas próprias mãos os primeiros produtos da então embrionária "Objeto a". Esses produtos eram pensados quase como peças únicas, filhos únicos de mães detalhistas e exigentes. Veja alguns aqui.
Foi neste momento que se tornou importante a experiência mercadológica para que elas vissem que, se queriam realmente investir nisso (tempo, dedicação, paixão e dinheiro) era necessário profissionalizar o processo. E isto significa se desapegar da vontade de fazer para se dedicar à parte de gerir.
O passo seguinte foi encontrar o tema para a primeira coleção. Digo encontrar porque na verdade ele estava o tempo todo ali, dentro delas, assim como o próprio conceito da marca (que veio da falta que impulsionou o começo disso tudo). "Seres do Imaginário", aqueles seres, hora monstruosos, hora curiosos, que vagam no imaginário de todo e qualquer ser humano, este foi o tema. E elas exorcizaram os seres delas com lápis e papel na mão.





Mas onde vivem estes personagens que povoam nossos inconcientes? Ficam escondidos em cantinhos pouco visitados, só aparecendo quando liberamos a mente de toda e qualquer censura. Esse processo de libertação gerou resultados diversos, mas com uma linha condutora entre os seres e os outros elementos gráficos provenientes dessas experimentações, deixando latente a história e a personalidade de cada um deles. Assim surgiram os "cenários gráficos", nomes e as definições dos "Seres do Imaginário" dessas meninas. E como isso virou a primeira coleção da marca contarei no próximo post.
Enquanto isso... se você gostou da idéia de liberar os "monstros" que te povoam, envie o seu ser (desenhado, descrito ou até foto, se você conseguir) para o e-mail objeto-a@objeto-a.com que publicaremos mais tarde uma compilação dos seres interessantes que andam presos por aí.

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